Vacina para a Covid-19 não terá fins lucrativos enquanto durar pandemia, afirma AstraZeneca

02/07/2020 | Aviso de pauta, Coronavírus

Empresa farmacêutica que desenvolve vacina para o Corona vírus em parceria com a universidade de Oxford afirmou que, quando for distribuída, vacina não terá fins lucrativos

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Em reunião da Comissão Externa do Coronavírus nessa quarta-feira (1/7), presidida pelo deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), Jorge Mazzei, diretor executivo da AstraZeneca Brasil, empresa biofarmacêutica que está desenvolvendo vacina para o novo coronavírus em parceria com a universidade de Oxford, afirmou que quando ficar pronta a vacina não terá fins lucrativos enquanto durar a pandemia.

O presidente da Comissão se mostrou preocupado com a logística de produção e distribuição das doses. “Eu tenho dúvidas sobre a quantidade de doses, se vai ser uma vacina multidoses, como será a forma de fabricação… Precisamos saber se o Ministério da Saúde já está estruturando uma coordenação para comprar as siringas, agulhas. Precisamos de um planejamento prévio para quando essa vacina ficar pronta, para não acontecer a mesma falta de coordenação que aconteceu com os respiradores e EPIs. Falta de gestão custa vidas”, concluiu.

Mazzei afirmou que a empresa está trabalhando com uma logística de “estado de guerra”, para ter as condições ideais quando a vacina estiver pronto. “Estamos em Estado de Guerra para conseguir produzir e fornecer, inicialmente, 2 bilhões de doses dessa vacina. No momento em que a vacina se comprovar segura, já teremos condições de fornecimento. Nesse momento não existe lucro, o principal é garantir a distribuição homogênea no maior número possível de países”, disse.

Desenvolvimento

Também parte da AstraZeneca Brasil, a Diretora Médica Maria Augusta Bernardini explicou que a Fiocruz fará a parte de processamento para a distribuição. A produção será em duas etapas: na primeira, a empresa irá transferir a tecnologia para a produção da vacina para a Fundação Oswaldo Cruz. Na segunda etapa, haverá a transferência de produção de IFA (Insumos Farmacêuticos Ativos).

O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar a fase três de testes com a vacina de Oxford, o que começou a ocorrer em junho. O objetivo é testar ao todo 5 mil voluntários no País, a partir de parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Metade dessa população vai receber a vacina experimental, e a outra metade um ativo comparador. Os voluntários serão acompanhados durante um ano, mas com avaliações preliminares periódicas de eficácia. “Entre os meses de outubro e novembro, esperamos já ter resultados preliminares de eficácia a partir dessa análise dos pacientes brasileiros e do Reino Unido”, disse a diretora.

Grupos prioritários

Coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato disse que já está sendo discutida no âmbito do programa a definição de grupos prioritários para a vacinação contra Covid-19 a partir do quantitativo de 30,4 milhões de doses inicialmente disponibilizadas.

As prioridades incluem profissionais de saúde, população idosa e grupos com comorbidades. “As prioridades ainda precisarão ser escalonadas”, acrescentou.

Também participaram do debate, que ocorreu por videoconferência, representantes da Fundação Lemann – que financia os testes da vacina em São Paulo – e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino – que financia os primeiros mil testes no Rio. E ainda o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan, que ressaltou a necessidade do fortalecimento dos sistemas de saúde não só do Brasil e do Reino Unido, mas de todos os países. “Esse não vai ser o único vírus, nem o último desafio dos sistemas de saúde”, concluiu.

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