Para defensoras públicas, desatualização da Tabela SUS é uma das causas da judicialização da Saúde no Brasil

BRASÍLIA – A desatualização da Tabela SUS é um fator determinante para a judicialização da Saúde no Brasil. A opinião é das defensoras públicas Thaísa Guerreiro e Bárbara Pires, que participaram nesta terça-feira (25/06) de audiência pública promovida pelo Grupo de Trabalho que discute a atualização da Tabela SUS na Câmara dos Deputados. O GT é coordenado pelo deputado federal Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP/RJ).
Coordenadora da saúde e tutela coletiva da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, Thaísa Guerreiro apresentou dados que mostram a redução entre os anos 80 e 2002 da participação da União no financiamento da Saúde no país. Enquanto em 1980, a União financiava 75% da saúde pública, em 2002, essa porcentagem caiu para 58%. Isso quer dizer que os estados e municípios vêm recebendo menos recursos, apesar de a União ser o ente federativo que tem a maior arrecadação.
Segundo Thaisa Guerreiro, o grande gargalo no município do Rio de Janeiro está no diagnóstico de doenças, na média e alta complexidades e acesso a especialistas. A consulta oftalmológica lidera a fila com mais de 24 mil pessoas à espera de consulta, seguida pela Ortopedia, onde há mais de 17 mil pacientes aguardando.
– Existe uma grande discrepância entre os valores praticados no serviço privado e no público e a desatualização da Tabela SUS é um dos fatores que contribui para isso. Um dia de internação em um CTI de unidade privada custa cerca de R$ 10 mil ao plano de saúde, enquanto na rede pública o valor repassado é de R$1 mil – explica a defensora.
A assessora-chefe de assuntos legislativos da Defensoria Pública da União, Bárbara Pires, defendeu a judicialização da saúde como um instrumento da população diante de um sistema que não funciona.
– Precisamos atualizar a Tabela SUS, mas antes disso é importante entender como isso vai se dar diante do cenário da emenda 95, que congelou o orçamento da Saúde num momento em que o nosso sistema já estava defasado há anos. Sobre a judicialização da saúde, seria muito bom se não precisássemos dela, mas se a gente não judicializa, as pessoas morrem esperando cirurgias e medicamentos – disse.
NOTÍCIAS
Presidente da Comissão de Seguridade da Câmara sugere redução de imposto para profissionais da saúde na Reforma Tributária
Dr. Luizinho (PP-RJ) já havia sugerido projeto de lei que reduz alíquota inicial para contribuição...
Patronato São Vicente de Nova Iguaçu recebe 250 mil em recursos de Dr. Luizinho
Deputado também atuou por Certificação do Cebas para a instituição A Sociedade Filantrópica São...
Patronato São Vicente de Nova Iguaçu recebe 250 mil em recursos de Dr. Luizinho
Deputado também atuou por Certificação do Cebas para a instituição A Sociedade Filantrópica São...
ATUAÇÃO PARLAMENTAR

DISCURSOS

PROJETOS DE LEI



