O Rio se prepara para combater o coronavírus

06/03/2020 | Coronavírus

Autoridades e especialistas debateram na Alerj as medidas que precisam ser tomadas no estado

Quarentena voluntária para quem esteve em viagem em cidades com casos de Coronavírus ou em contato com pessoas infectadas. Criação de um plano de contingência para todos os órgãos públicos, incluindo escolas e grandes eventos, caso a doença se espalhe. E, finalmente, o que fazer para manter isolamento domiciliar quando o paciente vive em comunidades, muitas vezes em casas de um único cômodo e baixa infraestrutura, onde habitam várias pessoas da mesma família?

Esses foram os principais temas abordados na audiência pública feita na manhã desta sexta-feira, dia 6.3, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O encontro foi uma iniciativa conjunta do coordenador da Comissão Externa criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar as medidas oficiais de controle do Coronavírus, Dr. Luizinho (PP-RJ), e da presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputada Marta Rocha (PDT). Presentes, autoridades como o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, especialistas, médicos, secretários municipais de Saúde e parlamentares.

O deputado Dr. Luizinho defendeu no encontro que o Orçamento do ministério da Saúde seja reforçado com verbas suplementares para que a pasta possa comprar e enviar para os estados e municípios equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas e álcool gel. Anunciou, ainda, que protocolou projeto para que, a exemplo do que já fez a Alemanha, seja proibida a exportação desses produtos fabricados no Brasil, a fim de garantir a proteção da população, sobretudo dos agentes de saúde.

Representando a Fundação Oswaldo Cruz, a professora Margareth Dalcolmo foi categórica: “O coronavirus vai atingir um número expressivo de pessoas no Brasil. cerca de 80% serão brandos, mas 20% não”. No entanto, ela considera que o momento não é de pânico, mas de providências.

A presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado, Maria da Conceição Rocha, lembrou das dificuldades financeiras que passam as prefeituras, que precisam de ajuda da União e dos Estados para enfrentar o problema. Elogiou o SUS, cuja capilaridade permite a homogeneização de protocolos, e reforçou o papel das escolas em ensinar os alunos a ter cuidados de higiene e etiqueta de saúde.

O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, informou que o estado está fazendo um esforço para criar 220 novos leitos na eventualidade de uma epidemia. Garantiu que protocolos de segurança estão sendo preparados, mas admitiu que será muito difícil manter tratamento domiciliar caso a doença atinja a população mais carente, sobretudo a que vive em comunidades pobres, em locais com pouca infraestrutura. “Mas esse não é um problema só do Rio. É do Brasil”, afirmou.

Além dos citados, fizeram uso da palavra durante a audiência o presidente do Cremerj, Sylvio Provenzano; o pneumologista Roberto Medronho; o infectologista Edimilson Migowski; o médico Mário Pitta e as deputadas estaduais Enfermeira Rejane (PCdoB) e Mônica Francisco (PSOL). Presentes, ainda, diversos vereadores e secretários municipais de Saúde do interior e região metropolitana.

GALERIA DE FOTOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA 

Fotos: Octacílio Barbosa / Alerj

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